Coluna: Conhecendo Millie Dornan e Daniela Bohling, fundadoras da Wylding

Passamos alguns momentos com as fundadoras da WYLDING, melhores amigas e companheiras de natação selvagem, Daniela Bohling e Millie Dornan.

Após uma natação nas férias no País de Gales em 2020, depois de  lutar com as camadas volumosas pós-natação, esta dupla dinâmica surgiu com o versátil, mas super estiloso macacão. Inspirado em macacões para nadadores de águas abertas e de aventureiros através das estações.

E assim WYLDING começou. É certeiro dizer que estamos um pouco obcecados com WYLDING aqui no Ancient + Brave. Não apenas amamos como elas projetaram seus trajes para parecerem elegantes após o mergulho, mas também, elas sendo uma marca, como incentivam outras pessoas, incluindo nossa fundadora, Kate, a experimentar as alegrias e os benefícios da natação em água fria.

Você consegue se lembrar do momento em que decidiu experimentar a natação selvagem? Qual foi a preparação para isso e como foi a primeira experiência?

D: Sim, atendi o telefone da Millie como de costume, mas ouvi um tom de voz diferente com exaltação misturada a uma excitação bricalhona em sua voz. Ela tinha acabado de ler uma postagem na página do Instagram da Clover Stroud (escritora e jornalista) perguntando se algum de seus seguidores gostaria de se juntar a ela no “Swimming Through Winter” (Nadando através do inverno). Na quinta-feira seguinte estávamos no Tâmisa!

M: Quando li o post da Clover, senti um friozinho na barriga e um pequeno empurrão que dizia… faça isso! Foi o que fiz… e convoquei a Daniela também!

Na semana seguinte, estávamos nos despindo com um grupo de estranhos e pulando no Tâmisa – adorei instantaneamente a sensação do frio congelante e a conexão com essas mulheres. Tinha sido fisgada.

Não há nada como tentar se vestir rapidamente com os dedos congelando ou voltar para casa parecendo um cesto de roupa suja! Suas próprias jornadas com a natação selvagem inspiraram o traje WYLDING maravilhosamente versátil. Conte-nos mais sobre o conceito e o que os outros adoram…

D: Nós duas gostamos de nos vestir de acordo como nós mesmas, com conforto e funcionalidade para a tarefa em mente. Valorizamos a qualidade e o estilo pessoal em nossos próprios guarda-roupas; a ideia de tentar combinar os dois surgiu naturalmente.

Foi como fazer um traje épico que levou muito em consideração. A impermeabilização tinha que ser confiável e o microvelo tinha que ser de qualidade acima do normal. Com testes em vários e vastos produtos, atingimos o Santo Graal – tecido encontrado.

O decisivo e verdadeiro argumento: fazer com que uma peça de roupa masculina habitualmente para trabalho no qual uma mulher pudesse se sentir incrível enquanto fazia o que amava. Observamos a forma feminina e as áreas do nosso corpo que sentem mais frio quando saímos da água, as áreas que pegam quando vestimos as pernas úmidas com as calças tradicionais, o fato de que muitas vezes você está com tanto frio e tanta pressa que você não consegue nem amarrar o sutiã!

Fizemos da jornada de deixar nossas casas até a beira d’água e o retorno, revisando todos os elementos e itens que precisaríamos considerar – telefones, chaves, cartões, etc., bem como como e onde nossos corpos queriam se sentir mantidos e onde queríamos nos sentir livres. Adicionamos tornozeleiras elásticas internas para proteção contra o vento e para calçar as meias para evitar o frio. Adicionamos um punho elástico interno para manter os pulsos aquecidos e duplamente isolados, e optamos por finalizar nossos macacões com toques de cor para que a personalidade do usuário pudesse transparecer.

 Ao fazer esta jornada nos mínimos detalhes, consideramos tudo o que era relevante para nossos mergulhos e, desde os bolsos grandes com velcro para telefone, até os bolsos frontais forrados de lã, o zíper à prova d’água e as costuras duplas, nossos clientes sabem que criamos esta peça através da sua jornada de natação de ponta a ponta e com a sensação de confiança em mente. Fizemos uma escolha consciente de não ter um capuz anexado, pois não queríamos nos desviar da afirmação de estilo que tem o macacão – utilitário, forte, durável, usado com estilo.

M: O único aspecto negativo da natação para mim foi o fato de ter que se vestir depois da natação. As mãos ficam dormentes, seu corpo frio e grudento, e parecia um frenesi de matar. O macacão é uma peça que é muito fácil de se vestir e se despir. A flanela interna absorve rapidamente e absorve qualquer umidade residual para que você fique aquecida e seca em segundos. Foi uma reviravolta para mim.

“Uma cliente nos disse que seu filho riu e disse a ela que ela parecia uma super-heroína quando vestia seu traje WYLDING, ela respondeu “bom, porque me sinto como uma quando visto este traje”. Tenho esse e-mail impresso e pregado da nossa parede da sede. Essa é nossa trajetória no que sentimos quando nadamos, é por isso que criamos WYLDING.” – Daniela

Você mencionou as pessoas em busca do ‘Blue Health’ (Saúde Azul) em seu site e nos apaixonamos totalmente por esse termo. Você pode nos contar mais sobre esse conceito e como a natação selvagem beneficiou vocês duas desde que começaram?

D: Nós amamos este termo e acreditamos totalmente na teoria por trás dele. “Saúde Azul” significa simplesmente que estar por perto, imersos ou sobre corpos d’água faz bem para a sua saúde mental e física. Usamos este termo em referência a qualquer pessoa que busca uma experiência aquática em um ambiente natural e ao ar livre – natação ao ar livre, surf, SUP (Stand Up Paddle), kitesurf, vela, etc. Um grande aspecto dessa classificação do espaço de saúde é que o corpo e a mente estão se alinhando em seu propósito e intenção – focados na sobrevivência e na progressão na sua empreitada escolhida. Nestes momentos, o corpo está ativo e engajado em níveis multissensoriais e, como resultado, a pessoa está, sem perceber, meditando por um momento. O ruído dos murmúrios do cérebro são irrelevantes naquele momento e são silenciados e  todo o se “eu” fica livre para experimentar completamente o foco total e próprio … seja regulando sua respiração em natações em temperaturas frias ou equilibrando-se em uma prancha. Mente e corpo estão unidos em um objetivo comum. A ideia de que a água é mais poderosa do que nós e que deve ser respeitada acrescenta uma dose saudável de medo da morte e um impacto de adrenalina! O único efeito posterior mais notável de um mergulho em nosso caso é a percepção de que você pode realmente fazer qualquer coisa, que o medo pode ser superado e que nossos corpos são resilientes, fortes e poderosos. É inegável, e esse senso de auto-realização, sozinha e diante da dúvida, é viciante… e contagiante.

M: O efeito da natação fria na minha saúde mental foi enorme. Ele te liberta de qualquer melancolia! Qualquer apatia… Reparei que nos dias em que nadei fui mais produtiva e criativa. Muitas vezes posso estar muito presa nos meus pensamentos e a melhor coisa sobre a água fria é que ela instantaneamente me coloca de volta no meu corpo.

Há uma série de maneiras para aproveitar a água, desde nadar até SUP( Stand Up Paddle), surfar ou até mesmo passear pela praia. Qual é o seu favorito e com que frequência você consegue fazer isso?

D: Quando nós duas morávamos em Stroud, nadavamos várias vezes por semana por extensões variadas de acordo com a época do ano, com uma ou outra aula de surf no “The Wave” (piscina de ondas artificiais) em Bristol o que inclue uma boa medida. Agora nos encontramos em lagos e piscinas públicas em Londres quando nos colocamos à conversa em dia ou “aproveitamos” uma imersão em uma banheira de água gelada no “The Banya”, se estivermos com vontade de nos mimarmos!

M: Nadar não é minha coisa favorita, mas apenas estar perto da água é extremamente benéfico. Eu amo uma caminhada na praia, paddle boarding e estou decidida a aprender a surfar. Eu tentei algumas vezes e é muito divertido! Falamos sobre natação selvagem como parte de nosso estilo de vida corajoso e recebemos muitas perguntas de pessoas entusiasmadas em tentar, mas elas não têm certeza se devem simplesmente “se jogar”.

D: Em primeiro lugar – NÃO “Pule”! Vá lentamente, constante e forte. Ao entrar na água, nunca pule ou mergulhe, principalmente se for a primeira vez. Se o fizer, é provável que você hiperventile (aconteceu na minha primeira vez) terá muita dificuldade para controlar a sua respiração. Isso é particularmente perigoso se você também estiver enfrentando condições inesperadas com a correnteza do rio. Caminhe gradualmente, mas tente manter-se em movimento.

À medida que a água atinge as zonas superiores do corpo, a virilha e a parte inferior das costas, a tendência é fazermos uma pausa, mas este é o momento da virada. Ultrapasse esse desconforto do frio, pois todo o seu controle será necessário quando a água atingir seu peito. Literalmente tira o fôlego.

Não inspire, este momento é sobre a expiração – longa, profunda e lenta. Este é o seu cérebro dizendo ao seu corpo para manter a calma, que você consegue, que pode fazer coisas difíceis e que está no controle.

Tenha uma estratégia de saída e conheça suas águas – fomos arrogantes no nosso primeiro mergulho e 15 de nós (todos novatos em nadar na água fria e todos novatos naquele local) fomos para um rio de fluxo rápido simplesmente para sermos arrastados rio abaixo. Tivemos que nos agarrar a um galho de árvore pendurado enquanto atravessávamos a forte correnteza para sair da água. Não cometam esse erro – poderia ter terminado mal.

Não se sinta que como se estivesse competindo com alguém ou alguma coisa. Às vezes, a “regra” ou minutos para os graus (temperatura) são mal interpretados como sendo um barômetro de resiliência, não há um limite seguro para ficar lá dentro. A natação deve ser holística e revigorante, seja gentil consigo mesma – alguns minutos é perfeito, você está literalmente testando a água, entendendo e processando como seu corpo responde à experiência.

Se estiver em águas abertas, sempre fique perto da margem/borda até saber que pode lidar com a temperatura. Logo após entrar, seu corpo começará a esquentar à medida que seu sistema começa a se compensar, não se deixe enganar por isso e não fique tempo demais, pois seus membros ficarão cansados ​​e mais fracos, pois a energia está sendo gasta para mantê-lo aquecidos.

É aqui que as luvas de neoprene surgem; se você estiver perdendo o fôlego e estiver longe da margem, coloque as mãos em concha e use-as como remos para levá-lo em segurança. Algo obrigatório em todas as estações para mim por esse motivo. Use sempre use colete salva-vidas.

Use as instalações (termais) e faça disso um evento. Se você tiver a sorte o bastante para nadar num local que tem sauna, você pode usar e se divertir muito alternando entre as temperaturas. Variar entre as extremidades quentes e frias é realmente emocionante, mas terminar em um mergulho frio é obrigatório para nós … mesmo que a sauna seja a última coisa! Nas manhãs de sexta-feira, muitas vezes somos encontradas correndo ao longo do cais no “Rewild Swim Club” em ‘Elmore Court’, rindo e respirando fundo através da exposição alternada ao calor e ao frio. Uma benção!

Como você concilia WYLDING com sua carreira e família? Quais são os principais desafios e como você os enfrenta?

D: Alguns dos principais desafios para administrar uma marca online com uma comunidade tão forte e engajada em um espaço que amamos significam que achamos difícil traçar uma linha sob o dia de trabalho quando se trata de relacionamento com o cliente, então alguns limites sobre quando parar ajudaria no equilíbrio da vida profissional!

Felizmente, a família é uma prioridade para nós duas e trabalhamos no nosso WYLDING e projetos separados em torno do nosso tempo em família. Nossos filhos são todos da mesma idade, então respeitamos mutuamente as horas disponíveis para nós durante o dia para conversar e planejar nossos próximos passos.

Ambas achamos que trabalhar e criar sejam extremamente gratificantes, então o trabalho nunca é o inimigo. O principal desafio vem ao tentar encaixar o tempo para o autocuidado, amizade e fazer algo que você ama no dia. Encontramos a brecha! Surgiu de forma muito orgânica, mas os grupos de amizade que desenvolvemos em torno da natação nos permitem alimentar a necessidade de nadar enquanto passamos tempo com os companheiros.

Uma injeção de “The Ancient + Brave True Collagen” ou “True MCT Oil” junto com o nosso café da manhã, além de uma massagem com óleo facial ‘Balance Me’, marcará e vai dar aquele empurrão no autocuidado, mesmo que nada mais indulgente aconteça naquele dia.

A ideia da Irmandade se entrelaça em toda a sua marca e mensagens que, como uma equipe feminina fundada e completamente feminina, nós amamos! Por que a irmandade é tão importante para você e você descobriu o sentimento de irmandade através da natação?

 D: Tenho a sorte de ter três irmãs e ser criada em um ambiente muito feminino em família, então a ideia de irmandade estava inconscientemente profundamente presente em mim enquanto crescia. Eu não percebi que tinha esse círculo de força e apoio feminino ao meu redor até que um dia, agora morando no Reino Unido, percebi que havia desaparecido.

Eu vesti uma armadura para sobreviver e navegar na vida de Londres dos meus 20 aos 30 anos, e foi só quando tive filhos e não conseguia mais esconder a vulnerabilidade, o medo do malabarismo da vida e a mudança de identidade percebida, que eu encontrei amizades verdadeiras e profundas se formando ao meu redor novamente.

Quando saí da cidade e comecei a nadar, vi o outro nível do que era a irmandade, foi aparecendo! Aparecendo para chacoalhar, aparecendo para dar risada, aparecendo porque você prometeu a alguém que entraria numa água à 4 graus com elas e elas realmente precisavam daquele mergulho naquele dia.

Por meio do equilíbrio entre vida e trabalho com o qual Millie e eu às vezes batalhamos em nossas carreiras, fizemos um esforço concentrado para sempre escolher mulheres para a equipe do WYLDING. Isso pode significar que elas só podem fazer as coisas dentro do horário escolar ou que teremos que mudar um plano no último minuto devido às obrigações domésticas, mas o trabalho sempre é feito e a qualidade nunca é comprometida – é uma atitude mais saudável e flexível em relação às famílias trabalhadoras.

M: Achei a natação uma maneira maravilhosa de me conectar. Prefiro nadar com um amiga do que ir a um pub. As conversas que você têm e a proximidade que você sente são realmente especiais. É como passar por algo juntos! Eu tive mergulhos incríveis com minhas amigas ao longo dos anos … um mergulho no solstício de verão ao chocolate quente e histórias de fantasmas ao redor do fogo é um dos meus favoritos!

“Na medida em que a Irmandade é fundamental para nossa marca e assim a atitude geral em relação à vida, também é nosso mantra “aquela que ousa”… Ouse entrar naquele lago, ouse iniciar esse negócio, ouse pedir ajuda, ouse dizer não – é quando a ousadia encontra a irmandade que somos irrefreáveis.” – Daniela

Finalmente, algumas perguntas rápidas, qual é o seu favorito…

Hábito saudável diário:

D: Um chá de limão seguido de um café com “Ancient + Brave True Collagen”, andar descalça na grama do jardim por alguns minutos.

M: Correr.

Local de natação:

D: Shhhhh!!!!! Não posso dizer.

M: Eu nunca vou contar!

Memória da água:

D: Hollywood Lake na minha cidade natal de Monaghan na Irlanda – foi lindamente recondicionado agora e muito mais de acordo com a beleza natural de seus arredores, mas na época tinha um muro baixo de tijolos construído em uma área na baía que servia como uma espécie de lido/piscina de contenção para as crianças menores, era o paraíso absoluto quando o sol saía.

M: Nadar no mar quando eu era criança.

Forma de relaxar:

D: Caminhando pelo Golden Valley’s de Stroud. Recentemente, fiquei um pouco obcecada em obter os originais das amostras usadas nas músicas, mas isso acaba sendo muito estressante se eu não conseguir no final!

M: Leitura.

Produto da Ancient+brave:

D: Colágeno de verdade todos os dias – eu dou para TODO mundo!

M: True oil MCT!

Maneira de se conectar com outras pessoas:

D: Acho muito difícil ficar conectada por meio de telefonemas e mensagens, então, para mim, a conexão é reforçada pela experiência – fazer coisas junto com amigos e familiares (que pelo menos um de nós gosta de fazer) é vital para mim.

Meu marido e eu trabalhamos por conta própria, então podemos mudar nossos dias, se necessário, em vez do tradicional encontro noturno para um jantar, podemos ir para o “The Wave” em Bristol para uma aula de surf pela manhã, após deixarmos as crianças na escola.

M: Caminhadas e xícaras de chá.

Lugar feliz:

D: Em qualquer lugar da Itália – particularmente nas ilhas menores que ainda estão predominantemente cheias de habitantes locais, onde os hotéis e restaurantes ainda são pequenos e íntimos, administrados por famílias.

Minha avó, de quem eu era muito próxima, era italiana e estar perto dos cheiros de pratos simples sendo preparados me faz sentir como se estivesse de volta à cozinha dela esperando meu almoço.

M: Casa.

Dá para ver de onde nasce nossa obsessão, não dá! Descubra Wylding por si mesmo…

Fonte: Ancient+Brave

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