Depois de interpretar homens obscuros boa parte da década passada, Jamie Dornan estava a procura de um papel que reconhecidamente destingiria ele de seu notório papel do bilionário Christian Grey, na franquia de Cinquenta Tons e o assassino em série Paul Spector em The Fall. Para sua surpresa, ele encontrou exatamente o que estava procurando na charmosa adaptação do filme Wild Mountain Thyme, de John Patrick Shanley, dramaturgo que chegou a Broadway com a peça Irlandesa-Americana Outside Mullingar.

Gravado no verde exuberante do interior irlandês, Dornan interpreta Anthony Reilly, um fazendeiro afetuosamente esquisito no meio dos seus 30 anos que permanece absorto as investidas de sua vizinha linda e cabeça dura, Rosemary Muldoon (Emily Blunt), por quase três décadas. Quando seu pai Tony (Christopher Walken), anuncia seu plano de venter a fazenda da família para seu primeiro americano tudo Adam (Jon Hamm), Anthony se vê forçado a confrontar um segredo profundo e obscuro de sua infância que vai mudar de uma vez por todas o curso de sua vida — e seu relacionamento com Rosemary.

Depois de perder a oportunidade de assistir a peça durante sua estreia principal na Big Apple, Dornan recebeu o roteiro para Wild Mountain Thyme em 2018 e se jogou na chance de trabalhar com Shanley, quem ele considera “um titã da nossa indústria” com “esse lindíssimo aspecto sereno”.

“Foi essa coisa estranha onde eu recebi o roteiro e eu meio que li falando, ‘Essa é uma das coisas mais loucas que eu já li. Eu acho que eu amo, e eu definitivamente quero participar’,” conta Dornan ao Observer pelo telefone, de sua casa no interior da Inglaterra, onde tem passado a maior parte da pandemia com sua esposa, a compositora Amelia Warner e suas três filhas pequenas.

“Shanley e Eu tivemos uma ligação [dois dias depois] de sete minutos — foi insanamente rápida — e basicamente, ele perguntou ‘Você quer fazer?’ E eu, ‘Sim!’. Mas depois demorou cerca de um ano antes que eu chegasse a fazer o filme de verdade, e eu conversei com ele obviamente mais do que esses sete minutos iniciais. Parece que foi há muito tempo desde que eu tive a primeira conversa com ele.”

Em nossa entrevista, Dornan fala abertamente sobre a oportunidade única de trabalhar com um elenco de peso na área rural da Irlanda, o envolvimento de sua esposa no projeto, e a crítica que o filme tem recebido por sua representação do sotaque irlandês.

Observer: Wild Mountain Thyme é uma das produções mais excêntricas que eu vi nas telonas nos anos recentes. O que no roteiro de John Patrick Shanley te fez tão propenso a se jogar a bordo a primeira vez quando ele te ofereceu o papel?

Jamie Dornan: Bem, foi uma daquelas coisas onde eu sou um fa dele e eu amo o jeito como ele escreve, eu acho que sua escrita é um tanto peculiar. Ha diferentes personagens que você não vê frequentemente em filmes importantes, particularmente em qualquer tipo de romance, e isso me intrigou de verdade.

As palavras são tão bonitas, e eles quase conversam em versos um com o outro, particularmente naquela cena de 25 páginas que [Blunt e eu] gravamos na cozinha. Eu nunca falei daquele jeito em um filme; eu nunca vi algo daquele tipo escrito em um roteiro. Aquilo foi divertido. Como um ator, você está a procura de palavras bonitas a serem ditas e isso não acontece sempre, e as vezes você está falando palavras que você na verdade não queria estar falando. Quando uma oportunidade de falar palavras daquele jeito, que são tão poéticas, eu me joguei na oportunidade.

Observer: Voce mencionou em entrevistas passada que Anthony é provavelmente o personagem mais puro que você já interpretou, com todas suas peculiaridades. Quais foram os maiores desafios que você enfrentou quando aproximou-se desse papel e como se preparou para retratar alguém que requer tanta vulnerabilidade?

Jamie: Tem muito de lentamente ir entrando em sua própria vulnerabilidade. Muito de ir descamando suas próprias inseguranças e tentando deixá-las a amostra e deixá-las serem incorporadas em um outro alguém. Anthony simplesmente apresentou essa oportunidade de expor um pouco da minha própria falta de crença em mim mesmo ou qualquer tipo de tendências estranhas ou esquisitices que eu mesmo tenho, e eu pude colocá-las nele e aperfeiçoa-las uma vez que elas já estavam nele, se é que você me entende.

Eu amei essa oportunidade porque eu simplesmente não havia interpretado alguém como aquele. Eu interpretei muito personagens que estão no controle, seja Christian Grey [na franquia de Fifty Shades] ou Paul Spector em The Fall ou até mesmo Paul Conroy em A Private War, que sabe muito bem o que quer. Isso é o que estou acostumado, e na realidade, Anthony está muito mais próximo de mim que não parece estar sempre no controle o tempo todo. (Risos) Eu sempre finjo que estou. Eu tenho três crianças pequenas e eu sempre estou fingindo que sou um adulto e que sei o que está acontecendo, mas na maior parte do tempo eu não sei e estou aéreo. Então foi legal que eu pude soltar tudo das minhas próprias peculiaridades em alguém.

Observer: Na semana passada, eu comecei a ouvir sobre esse ‘suco da atuação’ que você começou a beber religiosamente com Emily Blunt. Vocês tinham algum ritual antigo no set antes desse filme e esse ‘suco da atuação’ vai continuar em suas novas produções?

Jamie: (risos.) Sabe, não sou supersticioso a esse ponto. Eu me preparo para gravar e depois nós gravamos — é assim que funciona — e normalmente eu não tenho influências externas fora isso. Mas de repente, eu tinha essa influência altamente cafeinada. Eu não sabia o que tava acontecendo.

Observer: Podemos saber o nome dessa misteriosa bebida?

Jamie: Na realidade, é um desastre porque eu deveria estar agradecendo a eles. Eu nem sei como aquele negócio se chama.

Observer: Você não sabe?!

Jamie: “Terei que perguntar a Emily o nome, e ela provavelmente ainda tem muito dele. Seu apartamento em Nova Iorque tem uma parede ou uma pilha dele, e ela foi apresentada a bebida por Dwayne Johnson… Eles tinham acabado de trabalhar juntos [ em Jungle Cruise] e ele mandou pra ela alguns ou algo to tipo — eu não sei, mas ela tinha um bocado dele.
Eu não sei como é o sentimento de um ataque do coração, mas eu sinto que essa bebida te faz sentir como se quase estivesse tendo um.

De uma forma estranha, as vezes isso é apropriado para algumas das cenas que estávamos fazendo e as vezes nem um pouco. Mas as vezes, foi bom chegar a aquele lugar. (Risos) Nos estávamos chamando de ‘suco da atuação’ e eu meio que me convenci de que eu nunca mais poderia atuar novamente sem aquele negócio, mas eu consegui gravar um filme durante a quarentena com Kenneth Branagh [um filme autobiográfico escrito e dirigido por ele, chamado Belfast], e eu não tive qualquer ‘suco da atuação’ e deu tudo certo. Então, por sorte, eu não estou dependente dele.

Observer: Falando em Emily, eu sei que certos membros de suas famílias são muito próximos, mas sei que vocês ficaram próximos também. Qual foi seu maior aprendizado de ter trabalhado com alguém tão talentosa como ela?

Jamie: Emily simplesmente tem tudo. Ela é obviamente uma garota linda, mas ela tem essa carreira incrível de trabalhos variados. Ela arrasou em uns dos grandes musicais da Disney, ela é a porra da Mary Poppins, não tem como crescer mais que isso. Mas depois ela fez coisas corajosas e, mais cedo em sua carreira, muitos filmes ingleses independentes, e alguns de seus melhores trabalhos estão aí.

Ela meio que fez de tudo e é na realidade a pessoa mais tranquila, mais engraçada para se estar junto. Ela é uma daquelas pessoas que você quer rir junto e é muito fácil de fazer dar risada. Nós tivemos uma conexão absoluta fazendo esse filme, e nós nos divertimos muito, muito mesmo — não só Emily e eu, mas todo elenco e equipe. Foi uma experiência brilhante.

Observer: Gostaria de trabalhar novamente juntos em um filme talvez mais dramático, no futuro?

Jamie: Sim, definitivamente. Nós falamos sobre isso e como seria muito legal de fazer algo juntos novamente, então eu acho que se a oportunidade aparecer, ambos seríamos perspicazes. Então, vamos ver…

Observer: Esse filme foi verdadeiramente transformado em algo familiar, como sua esposa, Amelia, que também compôs a trilha sonora encantadora. Quando você descobriu que ela também estaria envolvida nesse projetado e o quão ótimo tem sido vê-la florescer como compositora?

Jamie: É incrível. Digo, antes de conhecê-la, ela era uma atriz, mas ela tem feito músicas para filmes pelos últimos quatro anos ou coisa do tipo. Ela é relativamente nova nisso; esse é apenas o terceiro filme que ela fez. Mas o último que ela fez, Mary Shelley, ela recebeu muita atenção e sua trilha é linda.

Foi legal porque ela meio que foi arremessada por isso da forma como seria com qualquer coisa outra coisa. Seus agentes a coloram pra ir atrás, e eles na verdade foram em uma direção diferente [de primeira], sendo honesto. Estávamos em atraso com outra pessoa, e depois, aquilo acabou não dando certo. E voltou para ela novamente, então é esse volta doida que meio que aconteceu. Compositores são sempre a última peça do jogo, ou eles entram geralmente na 95% do tempo. Então, quando ela entrou, nós obviamente já tínhamos gravado. Eles não deram a ela muito tempo, e eu acredito que ela arrasou em uma performance extremamente excelente.

Estou tão orgulhoso dela, e é tão legal que pudemos inadvertidamente trabalhar juntos, mesmo não sendo no dia-a-dia, em um set. Mas ainda assim ela vendo minha cara o dia todo e tendo que escrever música para ela e depois tendo que lidar comigo na vida real, foi muito legal. (Risos)

Observer: Numa adição a Emily, você também teve cenas estonteantes com Christopher Walken, especialmente aquela cena agridoce no meio do filme. Você pode falar um pouco sobre a experiência de trabalhar com ele e suas melhores memórias daquele dia emocionante no set?

Jamie: Chris é simplesmente uma lenda absolutamente no jogo. Ele é um dos atores mais personificados no mundo, mas a realidade é que ele é simplesmente essa doce, gentil alma. Eu acredito que Emily e eu e todos nos apaixonamos por ele. Ele é brilhante. Ele não fala muito, mas então quando ele fala, ele dirá absolutas preciosidades a você. Ele é direto quando ele tem tempo de dizer algo a você. Tenho que dizer que aquela cena onde ele meio que está em seu leito de morte, aquela foi a última cena de Chris, e esse foi seu último dia gravando o filme.

Eu, honestamente, não conseguia me segurar naquele dia. Eu chorei o dia todo. Ele estava quebrando meu coração da forma como ele estava atuando naquela cena. Eu estava falando com alguém que tinha visto o filme — uma amiga minha que estava me entrevistando — e eu contei, ‘Eu estive chorando o dia todo’. E ela disse, ‘Eu sei, sua cara tava toda inchada e você parecia cansado e todo vermelho.’ (Risos) E eu tipo, ‘Eu sei porque eles vieram para minha parte por último!’ nos queria começar com a parte do Chris e quando eles vieram pra mim, eu na verdade tava acabado. Eu estava tão abatido, mas novamente, eu não conseguia parar de chorar. Nós poderíamos ter gravado aquela cena todos os dias por uma semana e eu teria chorado todo dia. Foi de partir o coração, mas uma experiência tão legal.

Observer: Esse filme também recebeu, o que me parece ser, algumas críticas muito severas pela interpretação de sotaques. Como você lida com esse tipo de criticismo antes de uma grande estreia? Há alguma coisa que gostaria de dizer em resposta a todos esses pessimistas?

Jamie: Eu sou da Irlanda, e nós somos [estereotipados como] uma nação de figuras piadistas — meio que é a nossa moeda de identificação — e isso vem juntamente com território. Aquilo era de se esperar, eu entendimento daquilo, mas tínhamos John Patrick Shanley de quem os personagens eram vagamente baseados em sua família de verdade. Eles disseram que se soássemos como eles soavam de verdade, ninguém teria nos entendido.

Não fizemos esse filme para pessoas irlandesas. É um filme que queremos que seja visto ao redor do mundo, então tivemos que achar algo que funcionasse e soasse exatamente como eles estavam tentando soar. É apenas um tipo de sotaque Irlandês que não tem nada a ver como as pessoas de Dublin falam, nada a ver com pessoa de Belfast que é de onde eu sou, nada como as pessoas que são de Cork — é muito algo próprio. Eu fico do lado [do fato] que nós soamos como queríamos, e claro, se as pessoas vão ter algo a dizer, tudo bem. Tenho certeza que eu diria também, mas apenas vem da localização.

Fonte: Observer, Dezembro 2020.

No filme de John Patrick Shanley, Wild Mountain Thyme, Anthony, personagem desajeitado de Jamie Dornan, tem uma revelação de última hora para seu interesse amoroso das telinhas, Rosemary, interpretada por Emily Blunt. Parece ser uma razão lúdica para o porquê ele tem sido tão receoso com relação ao seu relacionamento e tão certo de que ele não era merecedor do amor – não era merecedor dela. Sem perder a excelência, o ator da conta da cena com tanto comprometimento e verdade, que você acredita de verdade.

Dornan vem de uma longa jornada como Christian Grey, na franquia de Fifty Shades.

A primeira carreira do ator foi como modelo, até Sofia Coppola o escalar para Marie Antoinette em 2006. Ele depois fez uma impressão significante na série da ABC, Once Upon a Time. Fifty Shades of Grey o lançou para a fama mundial, e ele desde a trilogia, mais tem aceitado papéis indies desafiadores em trabalhos, diversos como na série de TV norte-irlandesa The Fall (na qual interpreta um serial killer) e em filmes como A Private War, contracenando com Rosamund Pike e Untogether com Ben Mendelsohn.

Ele atualmente está estrelando ao lado de Emily Blunt e Christopher Walken na fábula e comédia romântica Wild Mountain Thyme, onde ele chega a mostrar suas costeletas cômicas e seus pedido de casamento a um jumento (você precisa ver para entender)!

No próximo ano ele aparecerá na semi autobiografia de Kenneth Branagh, intitulada Belfast, contracenando com Judi Dench e Ciarán Hinds, e Barb and Star Go to Vista Del Mar com Kristen Wiig.

O Awards Daily conversou com Dornan na véspera de estreia de Wild Mountain Thyme.

Awards Daily: O quão parecido com Anthony você é?

Jamie Dornan: Sabe, Frank, Eu sinto como se todos colocassem — particularmente nessa indústria — você está frequentemente se comportando bem ou mostrando sua melhor versão ou tentando acertar sempre. E a realidade é que as vezes você não quer fazer isso ou na verdade está disfarçando uma vergonha, uma inabilidade, uma falta de confiança… Então com Anthony, eu senti que foi uma solidificação de todas as minhas inseguranças passadas e peculiaridades que pude colocar nele e aperfeiçoar mais no que fizesse sentido para ele.

Nós temos vidas diferentes e diferentes trajetórias e diferentes formas, mas, de muitas formas, eu senti que poderia me ligar a ele e suas fraquezas das quais haviam várias – sua timidez crônica e esquisita… acho que tenho formas de mascarar ou formas de me sair dela as vezes, mas tive sorte de ter sido apresentado oportunidades… e cheguei a esse estágio. Com Anthony, ele não tem essas formas e dizeres. Eu definitivamente reconheço muito de mim nele.

AD: Emily falou sobre a repressão inerente na cultura Inglesa e Irlandesa. Foi algo que você também trouxe para ele?

JD: Sim, acredito que seja verdade, particularmente quando desafiado pelos americanos, por instância. Americanos tentem a ter mais confiança na forma de expressarem-se. Eu não acho que que isso seja novidade pra ninguém, essa é a situação. Por qualquer motivo, há uma leve repressão com as pessoas desse lado do mundo e admissão inquieta de que você é bom em alguma coisa ou tem boa aparência ou qualquer outra coisa… (risos) Não é fácil para as pessoas desse lado do mundo se elogiarem. Particularmente não sei porquê… mas eu definitivamente concordo com Emily que isso acontece de fato.

AD: Como o roteiro chegou a você?

JD: Email. [risos] Tenho sorte — muita, muita sorte na minha carreira. Estou em uma posição onde eu sou enviado algumas coisas e ofertas. Agora e depois eu recebo uma notinha da minha agente dizendo, ‘leia isso primeiro’. John Patrick Shanley traz um certo elemento de influência com ele. Nós estávamos conversando sobre o escritor ganhador do Prêmio Pulitzer, Oscar, Tony — todos por diferentes projetos, devo adicionar. Esse é muito importante. E eu era fã do Shanley antes e eu li e pensei, esse é um a das coisas mais estranhas que eu já li, mas eu amei e quero fazer. Estou apenas sendo franco. Eu acho que estou bem próximo da opinião de Emily Blunt sobre isso.

Eu nunca tive a oportunidade de interpretar um personagem como aquele, que é tão incerto de si mesmo. E de falar essas palavras, essas lindas palavras que eles falam, particularmente naquele terceiro ato inteiro do filme. Aquilo é uma cena de 25 páginas que eu e Emily tivemos na cozinha. É raro ter a oportunidade de dizer palavras que são como aquelas, então não tive que pensar muito sobre aceitar.

Eu arranjei um telefonema com Shanley e essas ligações geralmente duram uma hora ou uma hora e meia. Mas não é assim que ele funciona. Ele falou comigo por cerca de sete minutos. Eu disse a minha esposa, ‘vou falar com
John Patrick Shanley. Volto daqui há uma hora e meia’. Oito minutos depois eu estava em pé na cozinha e tipo, ‘bem, ele me quer para o papel e eu acho que vou aceitar’. [risos]

AD: Há uma química grande entre você e Emily.

JD: Valeu, cara. Você não consegue — eu acho que você pode manipular aquilo por si só. Todos nós provavelmente já tivemos que fazer aquilo várias vezes. Não é fácil de fazer aquilo. Você tem que trabalhar mais duro para vender aquela química em certos trabalhos e então às vezes ela está naturalmente ali. Tenho sorte de poder falar que Emily e eu tivemos ela naturalmente, sem restrição.

Quando nos conhecemos eu apenas sabia que teríamos. Acho que ambos sentimos isso. Nos encontramos socialmente algumas vezes. Emily e minha esposa são melhores amigas, então eu tenho estado no círculo da família Blunt antes e, tipo Emily Blunt, todos eles são ótimos, muito divertidos, uma família incrível para se ter por perto. Então sabíamos desde cedo que nos divertiríamos muito juntos e definitivamente tivemos.

AD: Me conte sobre trabalhar com Walken. Como foi e você conseguiu extrair algum discernimento quando conversando com ele no set?


JD: Sabe que até de ouvir você dizer isso eu acho tão legal que eu trabalhei com ele. Eu as vezes tenho que me beliscar para acreditar que Christopher Walken interpretou meu pai. É meio louco, você é uma criança que cresce assistindo e admirando e levemente obsessivo com algumas de suas performances – se alguém me contasse durante minha juventude que ele estaria interpretando meu pai um dia! É uma das coisa mais insanas.

Eu vou te falar que a melhor coisa pra mim, Frank, é que Chris estava apavorado e nervoso na verdade e é meio que igual a cada um de nós. O primeiro dia nós estávamos gravando as cenas da cozinha, eu, Dearbhla Molloy e Chris meio que sussurro pra Dearbhla que ele estava nervoso e eu ouvi. E Dearbhla falou tipo ‘você é a porra do Christopher Walken! [Risada alta] Se componha’. Eu acho que ele só precisava ouvir aquilo. Mas foi adorável para mim ver que alguém da sua estatura… ainda estaria ali, no seu primeiro dia, primeira tomada, apavorado, assim como todos nós. Aquilo foi revigorante de ver. E também um pouco alarmante — ’aí meu Deus, terei uma carreira inteira onde nunca vou relaxar?’.

AD: Dizem que os melhores atores sentem-se assim. Jane Fonda fala como ela sabia que ela ia se sair bem porque ela estava nervosa antes de cada performance.

JD: Eu quero dizer que eu acho que você tem que passar por isso… Quanto mais apavorado eu estou lendo um roteiro ou o que está prestes a acontecer, mais é um sinal de é a escolha certa… porque deveria ser desafiador. Você não quer aparecer no set tipo, ‘Ah, tenho tudo sob controle. Eu sou esse cara’. É por isso que eu nunca quero estar em uma situação onde eu esteja abalando nos filmes de ação em um ano, interpretando relativamente o mesmo personagem vazio. Eu gosto do desafio de habitar um mundo diferente e um mundo que você não está confortável nele, porque qual o objetivo de ser um ator se não está disposto a aceitar esses desafios?

AD: Isso me traz a sua trajetória carreira de distância. Você parece estar se distanciando dos grandes filmes de Hollywood como Robert Pattinson. Estou achando que é deliberado da sua parte.

JD: para ser honesto contigo, eu sinto que, nos últimos quatro ou cinco anos eu tenho feito isso, é onde os melhores roteiros estão ou onde eu acho que os roteiros mais interessantes estão — os mundos mais interessantes. As vezes diretores que eu acho intrigantes estão nesse mundo — aquele indie de orçamento de $5-15 milhões… Muito desses vem até mim porque eu fiz filmes maiores que esses… Eu acredito que há produtores interessantes de verdade por aí a fora que têm grandes histórias para contar e eu creio que as pessoas devem trazer o melhor de seus trabalho a esse nível, porque você não tem a luxúria do tempo e dinheiro para voltar e regravar e de fazer várias tomadas. Todos têm que dar o braço a torcer e fazer dar certo. E essa energia me anima.

Eu comecei lentamente no sistema de estúdio duas ou três vezes nos últimos anos e eu gostei de fazer aquilo e eu acho que você ainda precisa fazer isso, mas eu vou me esforçar e continuar me desafiando e fazendo papéis interessante nesse mundo indie também, porque estou levemente preocupado sobre esse mundo para ser franco com você, Frank, porque filmes independentes, particularmente depois do ano que tivemos, estão mais e mais difíceis de serem feitos.

Eu acabei de escrever um roteiro, durante a quarentena com um amigo e nos temos essa absolutamente incrível — continuo me beliscando — produtores no time e estamos prestes a começar o árduo desafio de tentar financiamento de fora do mundo do streaming. Se eles entrarem, ótimo, seremos vistos, mas é duro ter esses filmes vistos. E é triste porque eu não quero ter que chegar ao ponto onde os únicos filmes que você pode ver são pessoas usando capas… Me faria muito triste, de verdade. Mas tristemente acredito que é o caminho que estamos trilhando.

AD: Revendo a trilogia de Cinquenta Tons, o que você diria que foi sua melhor e pior memória?

JD: [risos] Pai amado. Isso poderia ser uma grande exposição. [pausa] A melhor e pior coisa foi quase no mesmo momento: finaliza-lo. Encerar em Paris — quando de fato encerramos a trilogia — Dakota e eu nos abraçamos, e nós tínhamos passado por essa experiência louca. E foi o melhor de poder ter fechado bem. Sim, foi uma situação caótica mas que fez muito dinheiro. E esses filmes foram feitos para os fãs e eles amaram. E essa foi a satisfação de ter passado por isso e Dakota e eu mantivemos a grande amizade que tivemos do começo ao fim — nós temos muito respeito um pelo outro. Então esse foi o melhor momento e foi meio que o pior no sentido de que essa louca, insana experiência (ia acabar) e você faz amigos para a vida toda e é triste porque chega ao fim. Mas eu também estava muito feliz em chegar ao outro lado e animado para o que aconteceria depois.

AD: Eu te ovaciono na sua diplomaria ao responder essa pergunta.
[Dornan cai na risada.]

AD: Você pode me falar sobre Belfast?

JD: Eu provavelmente não posso falar muito sobre ele ou Kenneth Branagh não vai ficar nada feliz, mas é uma história muito íntima para Ken. Muitas pessoas não se dão conta de que ele nasceu em Belfast e foi criado lá até os 9 anos de idade e saiu de lá quando The Troubles* aconteceram em 1969. Então tem um elemento disso na história. Eu fui muito sortudo de poder gravar algo durante a pandemia. Foi uma diversão e alegria. Sou um grande fã do Branagh. Novamente, de Christopher Walken interpretando meu pai em Wild Mountain Thyme, eu fui para Ciarán Hinds e Dame Judi Dench interpretando meus pais em Belfast! Estarei assistindo semana que vem e mal posso esperar para as pessoas assistirem.

*O Conflito foi uma luta por direitos civis que aconteceu no norte da Irlanda em um combate entre as Forças Armadas Britânicas, os Republicanos Irlandeses e os Lealistas do Ulster. Em 1972 houve o massacre de Bogside, que gerou a música Bloody Sunday da Banda U2.

Fonte: Awards Daily, Dezembro 2020.

Jamie Dornan Builds Indie Cred with Whimsical ‘Thyme’

“Ainda nos sentimos jovens, certo?”:
Jamie Dornan e Carey Mulligan relembram 16 anos de amizade
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“Jamie Dornan tem sido a fonte de muitos sonhos. Homens e mulheres têm fantasiado sobre o ator bonitão, mais comumente reconhecido como o personagem principal do grande filme de BDSM, 50 Tons de Cinza. Outros podem se lembrar dele como “o torso dourado”, um apelido que ele rapidamente ganhou durante sua carreira como modelo, aparecendo em anúncios de aumento da pressão arterial da Calvin Klein ao lado de Kate Moss. Mas para tantos personagens atraentes, sonhadores e sob controle que ele interpretou durante sua carreira em Hollywood, é seu mais recente papel na comédia romântica de John Patrick Shanley, Wild Mountain Thyme, contracenando com Emily Blunt, Judi Dench e Christopher Walken (e com trilha sonora da esposa de Dornan, Amelia Warner), onde o ator irlandês está mostrando sua habilidade de se fazer de “bobo e inseguro”, o que, como ele diz a seu amigo, o ator Carey Mulligan, se parece muito mais com o Jamie Dornan fora da tela. Os atores se conhecem há 16 anos, mais ou menos, primeiro encontraram-se no set de Orgulho e Preconceito, quando ele namorava Keira Knightley e Mulligan interpretava Kitty Bennett no filme. Abaixo, os brotinhos de longa data discutem as alegrias de atuar, a presença mística de Christopher Walken e a vida de ser para sempre jovem.” – ERNESTO MACIAS

Carey Mulligan: Oi Jamie. Como vai você?

Jamie Dornan: Estou bem. Você sabe. Como vai você? Eu sinto sua falta.

Mulligan: Estou feliz, na maioria das vezes, por não estar em Londres. Estou feliz por estar um pouco fora. Mas tem sido extraordinariamente estranho. Você não está trabalhando em nada no momento, está?

Jamie: Não, eu não estou. Eu consegui trabalhar. Eu encaixei um filme que rodamos em Berkshire, de todos os lugares. Nem é nem um milhão de milhas de onde você é, na verdade. Foi estranho filmar na época do COVID, mas estranhamente não tão estranho quanto você pode imaginar, e na verdade me senti muito grato por ter feito algo.

Mulligan: Qual foi?

Jamie: Eu fiz este filme com Kenneth Branagh, que ele escreveu e dirigiu, e ele também está no filme. Chama-se Belfast e é sobre Belfast. Muitas pessoas não sabem que Ken é de Belfast. Eu não quero revelar muito. Foi adorável e eu me diverti muito. E Catriona Balfe interpreta minha esposa, e a Dame Judi Dench interpreta minha mãe e Kieran Hines interpreta meu pai.

Mulligan: Oh, meu Deus.

Jamie: Foi realmente um grande time de atores e eu adorei.

Mulligan: Isso é ótimo. Você teve que entrar em uma grande bolha com todos?

Jamie: Você apenas ia da acomodação para o trabalho todos os dias. Testamos todos os dias e toda a equipe foi testada todos os dias, e nós superamos isso.

Mulligan: ah, sinto falta de trabalhar. Deve ter sido tão bom atuar.

Jamie: Senti essa pequena emoção por ser capaz de fazer isso. Comecei a filmar em março, e então o mundo virou de cabeça para baixo, e você percebe que estamos bem acostumados com isso agora. É apenas parte da nossas vidas nos sets.

Torna-se normal para nós ficar com essa família estranha de dois a quatro meses, ou o que quer que seja, e ver essas pessoas diferentes todos os dias. Quando tudo isso é retirado, você percebe o quanto é uma parte de você e o quanto você sente falta disso. Então, eu me sinto sortudo por ter feito esse trabalho.

Mulligan: Essa é a parte que eu sinto falta. Apenas a camaradagem e o pequeno sentimento de clube de verão.

Jamie: Eu nunca ouvi isso antes. É exatamente assim que parece.

Mulligan: Eu tenho cantado “Wild Mountain Thyme” o dia todo.

Jamie: Sinto muito.

Mulligan: Mas é uma das minhas canções favoritas –

Jamie: Não.

Mulligan: Eu fiquei muito obcecado por Kate Rusby quando eu estava em The Seagul, há um milhão de anos atrás, e ela faz uma versão realmente linda, e eu costumava ouvir o tempo todo. Assisti ao filme ontem à noite e chorei. Foi tão comovente no final. Eu amei muito. Quando você canta com seu pai quando ele está em seu leito de morte, é um aperto no peito. Foi doce.

Jamie: : Honestamente, naquela cena eu não conseguia parar de chorar. Eu juro por Deus, eu chorei o dia todo. Obviamente, eu choro na cena, mas foi tão fácil para mim naquele dia porque Chris [Walken] estava quebrando meu coração, tomada seguida de tomada.

Mulligan: Eu sabia que você tinha chegado a esse ponto, porque seu rosto parecia muito inchado e, de uma forma fantástica, foi uma das raras vezes em que você não ficou sensacional diante das câmeras.

Jamie: Eu estava sinceramente de coração partido naquele dia.

Mulligan: Como foi trabalhar com Christopher Walken?

Jamie: Bem, você sabe, mesmo ouvindo você dizer isso, parece um absurdo. Ele é um daqueles atores que são obviamente reverenciados, e não apenas reverenciado por seu trabalho, e extensão de trabalho, e por quanto tempo ele faz isso, e como suas performances são icônicas e os filmes em que ele esteve, mas ele também é uma grande figura. Além do respeito pelo quão bom ele é como ator, ele é apenas uma figura famosa e alguém de quem todos têm uma boa impressão. Ele tem essa aura e, na verdade, é o homem mais doce e gentil, bondoso e bonito. Tenho certeza de que ele não se importará que eu diga isso – ele estava tão nervoso com tudo isso, e Dearbhla Molloy, que é uma linda atriz, interpreta a mãe de Emily.

Mulligan: Ah, ela é tão maravilhosa.

Jamie: Ele disse algo para Dearbhla, e ela se virou e disse: “Chris, você é o maldito Christopher Walken.” Ele estava tipo, “Eu sei, eu sei. Mas eu só…” Ele é tão tranquilo e doce. Ele é tudo de bom. Eu amei ele.

Mulligan: Você conheceu John Patrick Shanley? Como você acabou fazendo o papel?

Jamie: : Eu conhecia John Patrick Shanley. Eu me lembrava de ter visto Moonstruck há muito, muito tempo atrás, e não me lembrava muito sobre isso, mas me lembro de ter sido um sucesso, e lembro que Cher ganhou um Oscar. Eu definitivamente estava ciente dele. Ele é uma daquelas pessoas que você não consegue imaginar de verde o porquê ele estaria ciente de mim, mas ele estava.

Quando você recebe coisas que mandam e tem o privilégio de receber ofertas, considero isso um verdadeiro elogio, mas de vez em quando você não quer fazer coisas. E também há coisas com uma pequena nota extra do seu agente que disse: “Coloque isso no topo da lista e leia primeiro.” Eu li, e semelhante a como eu acho que as pessoas respondem ao filme, eu pensei, “O que é isso? Esta é a coisa mais louca que já li, mas estou tão dentro, e estou tão emocionado com isso.” Falei com Shanley por telefone cerca de dois dias depois.

Mulligan: Porque ele é diferente de tudo que eu vi você fazer antes, certamente – ele era um personagem estranho e desajeitado. Você se sentiu atraído por Anthony porque ele é totalmente diferente de tudo que você fez?

Jamie: Com certeza. Eu diria que Anthony não está no controle de tudo, e isso está muito mais na minha zona de conforto. Eu interpretei muitos personagens na TV e no cinema. que se tratam apenas de controle. Muitos deles. Na verdade, isso está muito fora da minha zona de conforto, porque tenho uma parte muito infantil no meu ser adulto. Então, de muitas maneiras, Anthony é a personificação de toda a minha esquisitice, falhas e ansiedade social. Eu só queria dar um abraço nele durante a leitura do roteiro. Eu só quero colocar meus braços em volta desse cara e falar tipo, “Cara, está tudo bem. Está tudo bem ser assim.” Achei que seria divertido incorporar alguém que não tem os pés tão seguros.

Muligan: Eu definitivamente sinto que isso é mais do espírito do Jamie que eu conheço, além da câmera. Assistimos novamente ao Cerco de Jadotville durante a quarentena no verão, o que é, aliás, muito bom. Você está tão bom nele.

Jamie: Por que você escolheu assistir ele?

Mulligan: Foi um filme de ‘quarentena’ na noite de sábado para nós. Mas é um personagem totalmente diferente. Anthony era um pouco mais de você do que qualquer coisa que eu já vi você fazer. E eu adorei por causa disso.


Jamie: Mas essa também é a coisa mais difícil de representar, não acha? Nunca na minha vida, Cary, me senti tão exposto. Cheguei a um ponto em que eu me convenci de que carregava aquele segredo por toda a minha vida. Eu adorei isso. Não acontece o tempo todo. Nós fazemos o que fazemos e, muitas vezes, há uma desconexão entre a realidade e o faz de conta. Às vezes, ele fica embaçado e misturado. Acho que tenho muito de Anthony em mim. E também estou orgulhoso disso.

Mulligan: Te torna muito mais vulnerável quando você pode ver os paralelos entre você e aquela pessoa que você está interpretando, ao invés de ser uma pessoa completamente inventada, totalmente pensada e diferente. Isso é o que torna tão dolorosa aquela cena com seu pai. Fale comigo sobre Emily, porque eu a amo muito. Eu acho ela tão brilhante, linda e engraçada, e isso é algo totalmente diferente para ela também. Como foi trabalhar com ela?

Jamie: Eu sei que para Emily, ela estava em um ponto em sua carreira onde ela só queria fazer algo que fosse diferente de verdade. Emily é uma grande estrela de cinema, e ela faz filmes de estúdio muito grandes onde 120 milhões é um orçamento pequeno. Acho que nos últimos dois anos ela tem feito muito isso – acho que, na verdade, para ser honesto com você, ela estava procurando fazer uma peça, e esse filme é baseado na própria peça de Shanley, chamada Outside Mullingar. Sua irmã, Felicity, e Millie [Amelia Warner, esposa de Dornan] são melhores amigas, então eu meio que a conhecia um pouco. Brincamos agora porque eu a encontrei algumas vezes, e ela não se lembra mesmo de ter me conhecido. Você acredita que algum dia chegaremos a trabalhar juntos, Cary?

Mulligan: Tenho certeza que vamos. Acho que é só questão de tempo. Você não acha?

Jamie: Parece estranho. Têm alguns amigos meus com quem acho que nunca vou querer trabalhar.

Mulligan: Eu sou maravilhosa para se trabalhar. Eu sei que você também é, então acho que daria certo. Acho que você só precisa se preocupar com isso com pessoas que você sabe que são sem noção no trabalho. Eu não acho que seria uma coisa ruim para nossa amizade.

Jamie: Bem pensado.

Mulligan: E então você diz: “Sim, Cary, sei que você também é adorável no trabalho”.

Jamie: Eu digo isso quase todas as vezes que sou entrevistado: Hollywood é a menor indústria do mundo, e você conhece pessoas que são difíceis, ou manipuladoras. Principalmente homens, eu acho. As pessoas são amigas por esse motivo, tipo, “Não quero trabalhar com você, porque não quero destruir a ideia que tenho de você como amigo”.

Mulligan: : Nós dois temos feito isso há tempo suficiente para saber que não vale a pena fazer, a menos que você esteja fazendo isso com pessoas que tornam isso divertido. Eu só tenho uma regra geral agora, se eu ouvir que alguém tem uma má reputação por qualquer coisa – eles podem ser os gênios mais criativos, brilhantes, do universo – eu não quero fazer esse filme, porque eu quero ter uma boa experiência, especialmente quando você tem que deixar as crianças. Simplesmente não vale a pena passar por isso.

Jamie: Particularmente porque temos cinco filhos entre nós, eu acho.

Mulligan: Isso é loucura, Jamie. Como isso aconteceu?

Jamie: Eu estava tentando malhar, pouco antes da entrevista – nós nos conhecemos há 16 anos e meio, ou algo assim.

Mulligan: Porque nos conhecemos no projeto Orgulho e Preconceito, e filmamos isso há 16 anos.

Jamie: Meu Deus. Eu amo saber que te conheço há muito tempo, e literalmente desde o seu primeiro emprego. Eu acho muito legal, mas também é tipo, “meu Deus, faz tanto tempo”, porque ainda nos sentimos jovens, certo?

Mulligan: Por Deus, sim. Ainda me sinto um ingênua e tenho certeza de que não sou mais. Estou tão doutrinada a acreditar que sou ingênua, porque fui um por muito tempo e agora não sou mais. Eu interpreto mães. É assustador. Quando me ofereceram um papel em Wild Life, eu era uma moça de 15 anos no filme e disse a Zoe Kazan: “Zo, não sei se sou… sinto que sou muito jovem”. Eu tinha uns 33 anos e ela disse: “É, mas você não é”. E eu disse, “Oh, não. Você está certa. Fudeu.”

Photography Sophie Hur.

Fonte: Interview Magazine, Dezembro 2020.

“We Still Feel Young, Right?”: Jamie Dornan and Carey Mulligan Look Back at 16 Years of Friendship

Como alguns de vocês sabem, ontem (01/12) aconteceu a primeira exibição de Wild Mountain Thyme, filme que Jamie Dornan interpreta o irlandês Anthony Reilly. Eu (Thiciane) tive a incrível experiência de assistir através do KCET Cinemas Series e a primeira coisa que tenho a dizer é: esse filme é uma preciosidade.

Sem dúvidas é um filme que mexe com suas emoções. Me peguei sorrindo, rindo e chorando em vários momentos. Eu senti que o trabalho de Shanley, diretor do filme, foi uma carta de amor, e não digo só romanticamente falando, mas uma carta de amor à Irlanda.

Anthony é um homem simples, único e ao mesmo tempo inseguro. Ele meio que já desistiu de si mesmo e se reencontra através da maravilhosa e incansável Rosemary, interpretada por Emily Blunt, que além de engraçada, é uma mulher forte e segura de si. Acho que Jamie trouxe muito de si para o personagem, principalmente no jeitinho suave do Anthony com seu pai e seu amor incondicional pela mãe. Acredito que parte da sua vida no campo também ajudou muito no desenvolvimento do personagem, principalmente na hora de gravar/lidar com animais.

Pausa para dizer que me diverti MUITO com as quedas do Anthony…

Eu, particularmente, sou apaixonada pela Irlanda e assistir a devoção dos personagens pela Ilha Esmeralda me deixou com o coração quentinho. Fora que a fotografia estava linda. Os campos verdes, a casa da Rose com a porta coloridinha… Os detalhes que fizeram toda a diferença.

E por falar em toda a diferença: Amelia Warner entregou uma trilha sonora que me arrepiou desde o primeiro minuto, tudo se encaixava perfeitamente. Quase em todas as cenas eu estava arrepiada! Não tenho nem como dizer a vocês o quão LINDA é a canção que ela escreveu com o Shanley, simplesmente de tirar o fôlego, ainda mais na voz de Sinéad O’Connor.

Não quero falar muito e acabar soltando algo que possa estragar qualquer pedacinho da experiência linda que é esse filme, portanto eu vou finalizar essa review com um último comentário: Jamie Dornan cantando Wild Mountain Thyme é TUDO! A voz tão doce, tão gostosinha de ouvir. Me peguei com saudades de Sons of Jim e confesso que quando terminei de assistir, corri para o YouTube pra ouvir When I Go.

É isso, eu amei e assisti duas vezes (e se pudesse assistia mais uma). Espero que vocês possam assistir essa belezura logo e mal posso esperar para saber a opinião de vocês,

Thiciane. x

Nos acostumamos com tanta frequência a associar Jamie Dornan a Christian Grey que, às vezes, achamos difícil pensar nele como algo que não aquele personagem. Mas, desde seu conde Axel de Fersen em ‘Maria Antonieta’, de que estaremos falando nesta entrevista, até seu último filme, ‘Wild Mountain Thyme’, em que divide um pôster com a atriz Emily Blunt, o irlandês conseguiu construir uma filmografia da mais variada, uma carreira que vai muito além do clichê e de seu famoso sedutor dos ’50 tons de cinza ‘. Jamie conseguiu desenvolver um discurso próprio que rompe com o estereótipo sexualizado que muitos queriam atribuir a ele.

Essa imagem de um ícone sexual, pouco ou nada tem a ver com a pessoa calorosa e familiar que Vanitatis encontrou nesta entrevista: um homem de 38 anos com senso de humor, eloquente em suas respostas e com uma capacidade inata de esquivar-se das bobagens típicas do universo das celebridades. O ator é mais uma vez embaixador do perfume Hugo Boss The Scent, e por isso nos concedeu uma entrevista em que, mais que um irresistível homem bonito, encontramos um homem de família inteiro (ele tem três filhas em resultado de seu casamento com o compositora Amelia Warner) um artista que tem subido, passo a passo, os degraus de uma vida profissional da qual está muito orgulhoso.

Vanitatis: Qual é a sensação de ser uma imagem de referência para muitos homens ao redor do mundo?

Jamie: Assustado? (risos) Não sei, é uma daquelas coisas que tento não pensar muito. Eu ficaria louco se concordasse em ser um símbolo como você diz. Acho que só tenho que reconhecer que algumas pessoas pensam isso de mim. Agradeço, acho legal que muitos homens me vejam assim. Eu aceito, mas também não penso muito nisso.

Vanitatis: O que é Hugo Boss para você?

Jamie: Eu acho que é alguém que se sente confortável consigo, tem confiança, poder de sedução e masculinidade. São coisas que às vezes vejo em mim mesmo (risos), mas todos temos dias em que não nos sentimos seguros sobre nós mesmos. Acho que quando falo sobre essa campanha, sinto esse tipo de segurança.

Vanitatis: Jamie Dornan tem alguma rotina da beleza?

Jamie: Não faço muito para cuidar de mim mesmo. Tenho três meninas com menos de sete anos na família, e minha esposa e eu nos dedicamos a elas todas as manhãs para fazer com que elas se levantem, se lavem, comam e vão à escola. Toda a minha energia matinal vai para elas. Para ser sincero, mesmo antes de ter filhas, nunca fui muito bom em cuidar de mim mesmo. Eu sou péssimo em fazer dieta, por exemplo, mas recentemente, antes de fazer meu último filme, eu estava tentando proteger minha pele do sol, se foi um dia ensolarado ou não, debaixo dos meus olhos, no meu nariz, nas minhas bochechas. Isso vai me ajudar? Não sei.

Vanitatis: Além de ator, deu seus primeiros passos como modelo e como cantor. Se você tivesse que escolher entre as três profissões, qual você escolheria?

Jamie: Acho que já fiz isso, que já escolhi. Nunca quis ser modelo. Para ser sincero, nunca gostei muito. Sempre vi isso como uma forma de fazer outras coisas, não necessariamente atuar, mas tinha certeza que estava ali para acabar me dedicando a outra coisa. Além desta grande colaboração com a Hugo Boss, da qual tenho muito orgulho de fazer parte há três anos, já se passaram dez anos desde que deixei o mundo da moda. Olhando para trás, me sinto muito feliz por ter conseguido uma carreira como ator, algo que me mantém muito ocupado, mas é a minha paixão e eu cresço com ela a cada dia.

Vanitatis: Pensa o mesmo da Música?

Jamie: Eu também nunca quis me dedicar à música. Quando eu era modelo, tinha muito tempo livre e a música era uma forma de preencher esse tempo. Mas isso foi nos meus vinte anos, então há algo muito distante no meu passado. Agora estou muito feliz focado em ser um ator mais do que qualquer outra coisa.

Vanitis: Qual é o seu grande desafio como ator?

Jamie: Meu objetivo é continuar trabalhando. Este é um jogo imprevisível. A beleza de tudo isso é o desconhecido e isso é algo que eu gosto. Gosto de não saber o que te espera ao virar da esquina. Sinto-me com sorte, os atores vivem uma vida ótima e no meu caso também me permite dar uma vida esplêndida para minha família. Posso ganhar dinheiro de mil maneiras fazendo o que gosto, material que importa para mim e me motiva, e acho que nos últimos anos fiz isso. É apenas o que quero continuar fazendo.

Vanitatis: Olhando para trás, lembramos seu trabalho em inesperados filmes, como “Maria Antonieta” de Sofia Coppola. Como você experimentou aquela filmagem?

Jamie: Eu tinha 22 ou 23 anos. Esse foi meu primeiro trabalho e meu primeiro casting. Nem se quer tinha agente na época, só fui fazer um teste e de repente lá estava eu ​​trabalhando com Sofia, que acabara de ganhar um Oscar por ‘Perdidos na tradução’, atuando em um filme produzido pela Sony, com muitos atores incríveis. Foi muito louco. Creio que não era plenamente consciente do que estava fazendo (risos). Lembro-me de como corríamos o tempo todo por Versalhes. Estou muito orgulhoso desse trabalho, embora gostaria de ter feito mais do que fiz. Ainda tenho amigos que conheci naquele filme, ainda mantenho contato com Rose Byrne e outras pessoas da equipe, embora tenham passado ..Quantos? Quinze anos desde que filmamos? Estou muito grato por ter sido meu primeiro trabalho e por fazer parte de um filme como esse. Admiro muito a Sofia (nos contou que vai ver o seu novo filme nessa semana).

Vanitatis: Existe um personagem dos seus sonhos?

Jamie: Não acho que devo pensar nisso como ator. Você não pode dizer que quero ser esse personagem em um romance ou trabalhar com esse diretor, porque a realidade é que isso pode nunca acontecer. Como eu disse a você, tenho feito alguns deles recentemente e me sinto muito conectado. Me sinto muito sortudo com o que consegui fazer e gostaria de continuar incorporando personagens de todos os tipos.

Vanitatis: Imagine que existisse uma máquina do tempo e você pudesse viajar no tempo para se aconselhar. Qual seria?

Jamie: Eu não sei se me daria um conselho (risos), mas se desse, me daria aquele que meu pai e amigos felizmente me deram: “Não se esqueça de onde você é, não se esqueça dos seus amigos, daquele grupo de amigos você tem por uma vida inteira”. Tenho a sorte de ter pessoas normais, embora se interessem pelo meu trabalho, não se deixam levar por essa ideia ridícula de sucesso hollywoodiano. Tenho a sorte de continuar a ter esse mesmo grupo de pessoas em minha vida e de manter os pés no chão.

Fonte: Vanitatis, novembro 2020.

https://www.vanitatis.elconfidencial.com/estilo/belleza/2020-11-29/jamie-dornan-entrevista-rutina-belleza-hijas-christian-grey-hugo-boss_2850600/

Em recente entrevista à revista Variety, Jamie falou sobre as críticas que recebeu por Cinquenta Tons, seu mais novo filme ‘Wild Mountain Thyme‘, projetos futuros e sua família.

Jamie Dornan estava em lockdown com a sua família quando recebeu uma carta de uma fã que era mais do que um pouco assustadora. A estrela dos filmes de Cinquenta Tons de Cinza recebeu “uma colagem de fotos de uma criança”, com uma nota sobre seu papel mais famoso.

“Alguém dizendo que era meu filho, e que minha esposa deveria saber que tenho um filho de 7 anos”, disse Dornan, de 38 anos, durante uma chamada no Zoom. Ele franze o cenho para absorver a esquisitice dessa alegação. “Acho que eles estavam tentando dizer que a criança era minha com a Dakota Johnson, e tivemos esse bebê enquanto fazíamos o primeiro filme de Cinquenta Tons, diz Dornan. “Digamos que isso despertou nosso interesse. Foi um pouquinho assustador.”

Jamie aprendeu tudo sobre coisas estranhas quando interpretou Christian Grey, o empresário sexualmente aventureiro baseado nos livros de E.L. James que se tornaram um fenômeno cultural. O primeiro filme Cinquenta Tons de Cinza, lançado em 2015, transformou Dornan de um ator (mais conhecido pela série de TV da BBC The Fall, em que interpretou um serial killer) em uma estrela de cinema. Em seguida, vieram duas sequências, concluídas em 2018 com o extravagante Cinquenta Tons de Liberdade, ambientado nos dias de recém-casados do relacionamento de Christian e Anastasia. As críticas sarcásticas não impediram os fãs de irem aos cinemas: no geral, a trilogia arrecadou $1,3 bilhão de dólares na bilheteria mundial para Universal Pictures.

Desde então, Dornan deu uma giro em sua carreira. Além de um papel de coadjuvante em Robin Hood em 2018, o ator irlandês não ficou em torno de grandes materiais (trabalhos) de estúdios. “Eu amo a energia de filmes independentes”, diz Dornan. “Eu amo esse tipo de energia extravasada, brincadeiras, correr-para-finalizar-suas-falas todos os dias, e você pode tomar liberdades e todos estão juntos nisso.” Ele aprecia especialmente o companheirismo com a equipe em um pequeno set. “Ninguém está recebendo (salários altos) que custumam receber e temos que fazer isso funcionar”, diz ele. “Mostra o que há de melhor nas pessoas.


Dois anos atrás, Dornan recebeu críticas brillhantes por A Private War, interpretando o fotógrafo da vida real Paul Conroy, correspondente de guerra de Marie Colvie, interpretada por Rosamund Pike. Seus outros papéis recentes foram uma série de personagens: o jornalista Danny Tate no filme da HBO My Dinner With Hervé, um escritor na semi-improvisação de Drake Doremus Endings, Beginnings e um paramédico em Synchronic, thriller de ficção científica agora em VOD (vídeo sob demanda online).

Dornan parece estar no mesmo caminho percorrido por Robert Pattinson e Kristen Stewart, que experimentaram indies após o enorme sucesso de Twilight (no qual Fifty Shades é vagamente baseado) antes de finalmente retornar aos filmes convencionais. “Rob é um amigo meu, e não tenho nada além de respeito por ele a maneira como ele fez aquilo, arrasando em um filme de David Cronenberg (Cosmopolis) e fazendo todas essas coisas realmente obscuras”, diz Dornan, embora esteja aberto a retornar aos sucessos de bilheteria no futuro: “Se houver uma oportunidade de mostrar o que posso fazer em um mundo diferente, em uma franquia que tem um público diferente de ‘Fifty Shades’, então eu seria louco se não considerasse isso.”

A primeira estreia de verdade de Dornan em uma comédia, Barb e Star Go to Vista Del Mar, deveria acontecer nos cinemas no verão passado, mas a Lionsgate adiou até julho de 2021 devido ao COVID-19. Na comédia, Jamie muda de forma (pense em Jon Hamm em Bridesmaids) para retratar um misterioso hóspede do hotel que se envolve com melhores amigas de férias Kristen Wiig e Annie Mumolo. “Essas duas juntas têm uma força inacreditável”, diz Dornan, que filmou em Cancun, no México. “Eu queria fazer comédia por um tempo. E então eu fiz ‘The Fall’ e interpretei um psicopata, e você não está na lista das pessoas para a comédia se interpretou um personagem como esse.”

Por enquanto, o lado mais leve de Dornan pode ser visto na história de amor Wild Mountain Thyme, que estreia nos cinemas e plataformas digitais em 11 de dezembro. “É como uma injeção de alegria nas veias”, diz Dornan.

O lançamento da Bleecker Street é baseado em uma peça que o diretor John Patrick Shanley escreveu sobre sua própria família irlandesa. O personagem de Dornan, Anthony, é um filho esquisito que não retribui os flertes de sua vizinha, obviamente perfeita para ele, Rosemary (Emily Blunt). Enquanto isso, seu pai, Tony (Christopher Walken), ameaça deixar a fazenda da família para um sobrinho americano (Jon Hamm).

John Shanley ofereceu o papel a Jamie sem pedir uma audição. “Comecei do ponto de vista ‘Eu quero um protagonista romântico, sombrio e de poucas palavras’”, diz Shanley. “Ao observar a variedade de atores internacionais britânicos, não consegui encontrar ninguém que se encaixasse tão bem quanto Jamie.” Shanley ri antes de acrescentar: “Ele já é meio que considerado como estando conectado com o romance – talvez mais tenebroso do que eu ia fazer”.

O filme, que custou 5,5 milhões de dólares, levou mais de dois anos para ser financiado. Parece uma volta no tempo aos indies leves e alegres dos anos 90, que vendiam ingressos boa parte pelo boca a boca. Quanto à noção de que o público veria o filme em um cinema agora, Shanley aconselha cautela: “Quero que todos estejam bem. Acho que estamos prestes a entrar em um pesadelo de banho de sangue absoluto em nível nacional. Você não deve assistí-lo olhando por cima do ombro, perguntando: ‘Estou contraindo uma doença grave para ver o filme?’”

Wild Mountain Thyme, diz ele, dá para se assistir maravilhosamente bem em uma TV de tela grande. O filme, é uma carta de amor à Irlanda, foi filmado durante cinco semanas na pequena cidade de Ballina, no oeste do país, onde os moradores colocaram pôsteres de boas-vindas ao elenco. “O que é interessante em filmar na Irlanda rural, onde estávamos, é como se estivéssemos em outra época”, diz Dornan. “É sobre as coisas simples e viver fora dessa fazenda, e isso é o foco principal do seu dia.”

Tanto Dornan quanto Blunt trabalharam com o treinador de dialeto Brendan Gunn, ouvindo áudios de pessoas da região. Jamie, que cresceu em Belfast, queria soar menos metropolitano, e é por isso que ele não fala com sua voz normal. Embora alguns no Twitter tenham ridicularizado os sotaques no trailer, Shanley diz que se os personagens soassem exatamente como seus parentes falavam, ninguém os entenderia. “É preciso tornar o sotaque mais acessível a um público global”, diz ele.

Enquanto eles se preparavam nos ensaios, Emily Blunt se sentiu conectada com a abordagem de Jamie para o personagem. “Havia uma verdadeira essência de Jamie e eu sermos almas gêmeas”, diz Blunt. “E eu acabei descobrindo que ele é totalmente charmoso nesse papel e tão disposto a parecer bobo, ser bobo e estar incrivelmente desconfortável em sua própria pele. Acho que todas essas qualidades são tão tocantes nesse personagem do Anthony.”

Jamie diz que Anthony permitiu que ele explorasse uma parte de si mesmo que não havia canalizado na tela antes. “Vamos ser honestos: Anthony provavelmente está no espectro (autismo) de alguma forma”, diz Dornan. “Ele é diferente de qualquer pessoa que eu já interprerei, mas ele tem inseguranças, estranhezas e peculiaridades que eu senti que definitivamente faziam parte de mim. Adorei a oportunidade de mostrar isso e realmente aumentar, valorizar e explorar minha própria estranheza, coisa que tenho bastante.”

Vivendo em uma fazenda no interior da Inglaterra com sua esposa, Amelia Warner (que compôs a música de Wild Mountain Thyme), suas três filhas (todas com menos de 7 anos) e uma variedade de animais: “um cavalo, cinco galinhas, três cabras, um cachorro e um gato”, afirma. “Enquanto olho para você, eu olho para duas de minhas cabras. E a luz está diminuindo, e elas estão olhando para mim como se eu fosse alimentá-las mais. Mas sim, estou a um milhão de quilômetros do letreiro de Hollywood.”

Jamie nunca adotou realmente o estilo de vida de uma estrela de cinema, a noção de se sentir confortável com os holofotes ou de tentar bater papo com estranhos em uma festa da indústria. “Acho que muitos de nós ocultamos aspectos de nós mesmos, especialmente em Hollywood, e como essas interações são forçadas”, diz Dornan. “É um show, e todos estão se mostrando e tentando dar sua melhor versão de si mesmos, e você está tentando mostrar a todos o sucesso o tempo todo. É meio exaustivo.”

Ele é cuidadoso ao falar sobre Cinquenta Tons de Cinza . Ele respeita a franquia que o tornou uma estrela, embora reconheça que os filmes não eram para todos. “Quero tentar fazer o máximo de trabalho possível, um trabalho diversificado e interessante”, diz ele. “Provavelmente, sou mais famoso por uma franquia de sucesso monstruoso que não foi muito apreciada. É uma coisa estranha entrar nesses filmes sabendo que você vai estar em uma franquia que provavelmente vai ganhar muito dinheiro e terá uma crítica negativa, porque aqueles livros ganharam muito dinheiro e foram realmente avaliados negativamente.”

Embora Jamie diga que geralmente não lê reviews sobre ele mesmo, ele não se conteve em 2015. “Passei por uma fase ruim com ‘Cinquenta Tons’ de ler algumas críticas realmente ruins, mas acabei as achando engraçadas e me deixei levar ”, diz ele. “Uma delas era ‘Jamie Dornan tem o carisma de um mingau de aveia’, que – para algumas pessoas que gostam de mingau de aveia, eu achei que foi um pouco rude. Lembro que isso ficou comigo, e também não discordo totalmente disso.”

Quando ele se aposentou do famoso Quarto Vermelho de Christian, “Eu estava pronto para seguir em frente com este capítulo louco da minha vida”, admite Dornan. “Não importa quem eu interpretei, eu acho que não gostaria de interpretar um personagem em muitas, muitas sequencias de filmes. Acho que me tornaria muito entediado com isso.”

Quando ele conta como conheceu sua esposa, ele soa menos como Christian e mais como Anthony de Wild Mountain Thyme. Dornan alcançou sucesso como modelo em seus 20 e poucos anos, e então conseguiu seu primeiro papel no cinema em Maria Antonieta de Sofia Coppola, que o levou a ser descrito no The New York Times com a manchete de “The Golden Torso“ (O Torso de Ouro). Relembra Dornan: “Eu pensei,‘ Que porra é essa? ’E ainda penso ‘Que porra é essa?’, 14 anos depois. Eu nunca entendi muito bem o que significava.”

Como ele continuou a seguir a carreira de ator, ele morou em Los Angeles, fazendo testes para a temporada de séries pilotos. Uma noite em 2010, junto com seu amigo Eddie Redmayne, ele se viu em um bar de karaokê em Koreatown, onde ouviu o nome de Amelia – ela era uma atriz que ele havia esbarrado antes. “Alguém com quem eu estava cantando karaokê disse que ela estava em uma festa em Hollywood Hills, e se eu queria ir? E eu larguei a porra do microfone e corri para Hollywood Hills.”

Ele soube imediatamente que se casaria com ela. “Eu estava apenas conversando com ela e pensei, sim. É isso. E sim, foi uma coisa muito estranha.” Ambos descobriram que iriam para Londres no dia seguinte e – como o destino queria – que estavam com reserva para o mesmo vôo. “Sentamos lado a lado no avião”, diz Dornan, que atribui seu sucesso profissional ao fato de ter se apaixonado. “Comecei a me preocupar com o trabalho de verdade”, diz ele. “E um ano depois de conhecer minha esposa, fiz The Fall e minha vida mudou para sempre. Comecei a levar isso muito mais a sério, e tudo graças a ela.”

Jamie tem estado ocupado durante esse período de quarentena. Ele escreveu seu primeiro roteiro com um amigo, sobre o qual tem o cuidado de não compartilhar muitos detalhes. “Estou envolvido nisso”, diz ele. “Mas eu não serei a estrela nele (projeto). Aqui para torcida para que consigamos.”

Ele também terminou recentemente o filme autobiográfico do ano de 1960 de Kenneth Branagh, Belfast, que foi gravado na Irlanda e na Inglaterra sob os protocolos de cuidado do COVID-19. “Nos primeiros dias, eu pensei, ‘Que loucura. Eu ainda não vi o rosto de Kenneth Branagh. São máscaras, e é estranho, mas depois é incrível como você se adapta rapidamente.” Em sua carreira, Jamie Dornan está mostrando exatamente como fazer isso.

Fonte: Variety, publicado em Novembro 2020.
https://variety.com/2020/film/features/jamie-dornan-wild-mountain-thyme-1234839296/

Jamie Dornan e Anthony Mackie entraram de cabeça em uma alucinnante viagem no tempo em seu último filme Synchronic, entretanto foi mais além de brincadeiras e diversão para esses grandes parceiros de tela.

A dupla estrela como paramédicos da base de New Orleans, como Dennis (Dornan) e Steve (Mackie), quem descobre destroços daqueles que morreram diante de horríveis e mistériosas circunstâncias. No clipe exclusivo do filme lançado pela EW, a dupla chega ao cenário de um parque de diversões onde um corpo entrou em combustão espontânea. De acordo com as evidências, o que liga essas vítimas umas às outras é uma nova droga projetada chamada Synchronic.

Dornan e Mackie sentaram com o EW para explicar como foi cair naquele buraco de coelho, se eles mesmos estariam aptos ou não a provar a droga, e a experiência de gravar na cidade natal de Mackie.

ENTERTAINMENT WEEKLY: Jamie, os personagens de Dennis e Steve vão em uma aventura selvagem juntos. Dito isso, o que os fãs podem esperar deles nesse filme?

JAMIE DORNAN: Dennis e Steve são esses dois caras jovens e paramédicos atraentes em New Orleans que passam por esse designer de drogas que está tendo um efeito devastador em pessoas jovens. Eles acabam diretamente ligados a causa e o dito efeito da droga e eles vão nessa jornada alucinante para encontrar o que eles precisam descobrir a fim de limpar a cidade dessa droga.

A droga transporta os usuários para vários pontos no tempo. Anthony, nos conte sobre as aventuras de Steve.

ANTHONY MACKIE: Ele volta no tempo e visita um antigo conquistador e ele também volta na era do gelo. Haviam muitos níveis interessantes a cada momento que ele ingeria a pílula e voltava para o passado. Eu gosto que os diretores Justin [Benson] e Aaron [Moorhead] não deixaram que isso influenciasse em seu presente. Quando ele visitava o passado e retornava para o presente, ele percebia como aquele momento foi valioso. Sentado aqui entrevista com você e Jamie, com cada um tendo de diferentes complexos e apectos, mostra o quão precioso é o presente. Issi é algo que eu sinto que eles acertaram em cheio nesse filme.

Anthony, gravar Synchronic na sua cidade natal foi especialmente extra para você?

MACKIE: Foi um desastre gravar lá. [Risos] New Orleans pra mim é uma cidade muito voltada para a família, então se algum de seus primos aparecem, você não pode dizer a ele para ir para casa porque você está gravando um filme. E você sabe que ele vai parar ali e trazer com ele o grill do churrasco, depois ele vai dizer a todos onde ele estava. Houveram tantas vezes que eu estava em set gravando onde tinha um primo, ou um amigo de escola que aparecia. Era hilário! Veja, New Orleans é uma das melhores cidades quando se trata de filmagem, porque você pode literalmente conseguir qualquer tipo de experiência que precisaria. Justin e Aaron fizeram um ótimo trabalho de escolher locações que mostram a dualidade da cidade dos pontos altos aos baixos. Estou orgulhoso de termos gravado lá.

Jamie, você foi convidado para os churrascos? Anthony te mostrou a cidade?

MACKIE: Não! Quando chegávamos na cidade ele ficava com medo!

DORNAN: Não, isso não é verdade! Houve muitas visitas a cassinos. Lembra Anthony quando você me apresentou ao jogo de dados? Eu lembro jogar o jogo e era tão fácil, as pessoas continuavam a me dar fichas. Eu continuei ganhando e eu não entendia como. Eu já estive em New Orleans antes por umas duas noites, mas eu estave afoito para gravar algo lá. É um daqueles lugares onde as pessoas falam com uma alegria fervorosa. Eu amei muito, as pessoas e a energia de lá.

Se uma droga como Synchronic estivesse disponível na realidade, algum de vocês tentariam provar?

DORNAN: Eu provaria 100%. Se fosse pra ter os efeitos como no filme, talvez hoje eu não provaria, mas o meu eu de 20 anos de idade definitivamente sim. Se eu soubesse que eu poderia ser levado no tempo de forma segura, acredito que todos nós provaríamos. Eu gosto da ideia de passar tempo no Laurel Canyon no final dos anos 60 com Joni Mitchell, James Morrison, e David Crosby. Aqueles caras pareciam estar se divertindo muito. Eu gosto muito daquele som folk-rock americano, então seria para onde eu iria.

MACKIE: Eu definitivamente provaria, também: sem pensar duas vezes. Eu compraria tudo! Um dos meus maiores arrependimentos é que eu nunca conheci Muhammad Ali. Eu estive no mesmo prédio que ele duas vezes, mas nunca no mesmo cômodo. Eu adoraria voltar no tempo e visitar seu auge nos anos 50 e 60 e aproveitar a oportunidade de verdade para experenciar esse nível de nobreza.

Têm muitas lições nesse filme. Elas afetaram um de vocês de alguma forma?

DORNAN: Sim. Tem um grande discurso dos meninos no final sobre viver no presente e apreciar as coisas que você tem perto de você que ressoou em mim. Espesicalmente agora em 2020, tem sido um tempo para reflexão sobre permanecer no presente, mas também olhando para o passado e pensando no que poderíamos ter mudado. Tem tido também muito tempo para pensar no futuro e como nós queremos que ele seja, mesmo muita parecendo estar fora do nosso controle. Synchronic traz de verdade a conversa sobre tempo, sua apreciação, entendimento, e respeito por ele.

MACKIE: Isso, pra mim também. Eu acho que uma das maiores lições desse filme está acontecendo agora. Se nós não aprendermos com nossos erros passados, nós vamos a cometê-los no futuro novamente. Com tudo acontecendo agora, ele [o filme] coloca as coisas em perspectiva pra mim. Ninguém tem o amanhã prometido, então aproveito cada dia no seu máximo.

Jamie, você foi um sucesso na série The Fall da Netflix. Uma pena ouvir que você teve que sair de Dr. Death. Como você está se sentindo sobre Joshua Jackson aceitar o papel?

DORNAN: Tem sido uma coisa doida com The Fall, porque foi um sucesso na BBC quando saiu sete anos atrás e agora foi lançado todas as temporadas aqui na Netflix. Me fez perceber quantas pessoas assistem mais a Netflix do que a BBC TWO, porque foi dada a essa série uma outra vida! Com Dr. Death, foi apenas uma daquelas coisas irritantes de agenda. Quando a panedemia começou estávamos a três dias do início das gravações e eu estava com toda a minha família em New York. Nós ainda temos muitos de nossos pertences no nosso apartamento lá que ainda estamos pagando. Eles foram insistentes em algumas datas que não davam pra mim de jeito nenhum, então eu tive que sair. Eu sou um fã do Joshua Jackson, gosto muito do trabalho que ele faz, então foi uma ótima escalação. Eu não sinto nada além de amor e respeito pelas pessoas daquela equipe, então é uma pena eu não estar disponível para entrar naquela jornada com eles, mas eu desejo a eles toda a sorte do mundo.

Anthony, você trabalhou em Ma Rainey’s Black Bottom na Broadway. Está animado para ver Chadwick Boseman no filme da Netflix?

MACKIE: Têm muitos atores lendários nesse filme e Chad se colocou em uma posição na época para entregar aquela performance, porque Levee é um puta de um papél. Ter Viola Davis como Ma, você não poderia pedir por um grupo melhor de pessoas para compor aquilo. Será algo especial. Nessas duas semanas passadas eu perdi dois gurus do teatro em Anthony Chisholm e Thomas Byrd quem eu tive a oportunidade de contracenar junto para August Wilson. É uma história que não deveria ser tida como levianamente e um personagem que vai mudar sua opinião sobre o que o teatro pode ser se você você assistir.

Em um ano em que a maioria dos atores foram colocados de lado pela pandemia global, a estrela do Reino Unido Jamie Dornan teve a sorte de manter um ritmo de trabalho constante. A crise internacional de saúde, no entanto, o forçou a desistir de um projeto devido a atrasos na produção. (Ele interpretaria o papel principal em Dr. Death, a série exclusiva de crimes reais de Peacock, mas desistiu no início deste mês.)

Os fãs do ator não precisam se preocupar, no entanto. Dornan tem dois filmes programados para lançamento esse ano. Ele estrela o thriller de ficção científica Synchronic, da Well Go USA Entertainment, que chega aos cinemas e drive-ins na sexta-feira, 23 de outubro, bem como o terno drama romântico de Bleecker Street, Wild Mountain Thyme, no qual ele estrela ao lado de Emily Blunt, com estreia marcada no VOD e nos cinemas sexta-feira, 11 de dezembro.

Falando por telefone de Londres, o homem de 38 anos, casado e pai de três filhas, revela que recentemente terminou as gravações de ‘Belfast’, o drama político de Kenneth Branagh sobre sua cidade natal. O filme investiga o conflito sangrento de décadas entre a Irlanda do Norte e a Grã-Bretanha, que finalmente terminou em 1998.

Dornan está animado com seus mais novos projetos, incluindo interpretar um paramédico de Nova Orleans e pai de uma adolescente, que junto com seu parceiro (interpretado pelo ator Anthony Mackie) encontram uma nova droga misteriosa que literalmente transporta suas jovens vítimas para outro tempo e volta, muitas vezes com consequências mortais. O ator explicou que, embora a ficção científica não seja seu gênero usual, ele ficou intrigado com os cineastas Justin Benson e a abordagem única de Aaron Moorhead sobre o gênero. Ele interpreta um homem de família trabalhador, cuja filha adolescente (Ally Ioannides) desaparece depois de usar a droga ilícita.

Angela Dawson: Como foi estrelar neste thriller de ficção científica Synchronic?

Jamie Dornan: Eu não me consideraria um grande fã de ficção científica, por si só, mas sinto que isso realmente despertou meu interesse. Quando li o roteiro, pensei que estava muito conectado em um nível humano. Esses personagens, nessas situações estressantes em que se encontram, pareciam tão reais. Eu também queria trabalhar com Anthony Mackie. Deveríamos trabalhar juntos há alguns anos, mas não deu certo, então eu estava ansioso para ter esta segunda chance de trabalhar com ele. Nós nos divertimos muito gravando em Nova Orleans. Anthony é de lá, então ele meio que serviu como o anfitrião não oficial para o resto de nós enquanto estávamos lá. Também estava ansioso para trabalhar com Justin (Benson) e Aaron (Moorhead), porque sinto que eles têm muito a oferecer no mundo do cinema. Portanto, foi uma decisão muito fácil.

Dawson: Você conversou com paramédicos antes de fazer este filme?

Jamie: Nós tentamos arranjar isso para que pudéssemos fazer ligações com eles, mas meio que acabou não acontecendo. Mas consegui falar com um paramédico em Nova Orleans. Eu venho de uma família médica. Meu pai é médico. Minha mãe era enfermeira. Minha madrasta é médica. Meu tio é médico. Minha tia também. Então, tive acesso a muitas pessoas da área médica em minha vida familiar. É realmente algo para ser o primeiro a entrar em cena nessas situações de emergência. Pelo que me disseram, eles se lembram de cada caso; está enraizado neles.

Imagem Divulgação: Synchronic

Em Synchronic o que eles encontram é mais intensificado. Essa droga que está na rua é dramatizada e não o que (os paramédicos) normalmente encontram ao atender uma chamada de emergência.

Dawson: Você interpreta o pai de uma adolescente neste filme. Como pai de filhas pequenas na vida real, interpretar esse papel o fez pensar sobre como será quando elas ficarem um pouco mais velhas?

Jamie: Sim. Em The Fall, eu interpretei um pai, mas os filhos eram muito mais novos. Eu tinha cerca de 30 anos quando filmei isso. Agora, sou pai três vezes desde então. Ally (Ioannides) interpreta minha filha de 16 anos. Na verdade, ela tem cerca de 21 anos na vida real. Nós apenas saíamos com ela com um dos caras no set, mas então você percebe que ela está interpretando minha filha, então foi um pouco incompreensível. Mas estou pronto para toda a série de desafios que podem surgir com minhas três meninas quando se tornarem adolescentes. Quer dizer, estou tão pronto quanto posso.

Dawson: Seu personagem, Dennis, parece ter a vida ideal – uma esposa linda e amorosa, dois filhos e um trabalho em que se destaca – mas ele não aprecia tudo o que tem. O personagem de Anthony, Steve, que é solteiro, meio que o inveja e vice-versa. Será que a grama é sempre mais verde no vizinho?

Jamie: Sim, é sobre valorizar o que você tem. Mas todos nós temos amigos que têm vidas diferentes, e você se pergunta como é ter a vida deles. Às vezes, você tem ciúmes da liberdade que outra pessoa parece ter. Mas eu sou o oposto de (Dennis). Mal posso esperar para chegar em casa e ficar com as minhas filhas e minha esposa. Então, isso foi um pouco diferente.

Dawson: Você também tem um gênero muito diferente de filme chamado Wild Mountain Thyme sendo lançado no final deste ano, no qual você co-estrela com Emily Blunt. Você interpreta um personagem muito simples e gentil chamado Anthony, que tem um pouco de medo de se apaixonar.

Jamie: Anthony está quase pronto para o mundo. Ele viveu uma vida tão protegida. Nestes tempos modernos, ele pode ser considerado “no espectro”. Há uma espécie de ingenuidade e despreparo que pode ser percebida por muitas pessoas que são lançadas ao mundo e não estão prontas para uma situação. Foi uma alegria poder trabalhar com alguém tão respeitado e reverenciado como John Patrick Shanley, que ganhou um prêmio Pulitzer de drama (Dúvida: Uma Parábola) e um Oscar (por escrever o roteiro Moonstruck). Por isso, não houve hesitação da minha parte. Fiquei chocado que ele estava confiante de que eu poderia fazer isso.

E então ele construiu este elenco incrível. Eu estava a bordo desde o início. Então, ele convenceu todas essas grandes pessoas a se juntarem a nós, como Emily (Blunt), que era uma grande alegria, e Jon Hamm e Christopher Walken. Foi um daqueles maravilhosos empregos dos sonhos. Eu sou da Irlanda, então sempre tenho muito orgulho quando começo a trabalhar em minha terra natal e recebo americanos e outros lá. As pessoas foram muito gentis e receptivas conosco naquela vila. Então, foi uma experiência incrível.

Dawson: Você também canta um dueto doce com Emily no final do filme.

Jamie: Emily é uma cantora de verdade. Eu posso meio que me atrapalhar com isso. Foi bom poder fazer isso.

Dawson: O que está acontecendo com o Belfast de Kenneth Branagh? Você ainda está em produção?

Jamie: Terminamos algumas semanas atrás. Novamente, foi uma daquelas situações de trabalho dos sonhos. Foi ótimo ter isso no meu calendário este ano; particularmente este ano. Tivemos a sorte de gravar o filme e cumprir o cronograma com segurança. Eu sou um grande fã de Kenneth Branagh.

Fonte: Revista Forbes
www.forbes.com
Texto: Angela Dawson

Informação importante: Até o momento dessa postagem não temos confirmação da data de estreia dos filmes ‘Synchronic e “Wild Mountain Thyme’ no Brasil.

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